O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta sexta-feira, dia 25 de outubro, o Registro Geral de Imóveis (RGI) a 245 famílias do Condomínio Parque Carioca I, em Jacarepaguá, Zona Oeste. O RGI garante a propriedade dos apartamentos e significa a realização do sonho da casa própria. Desde o início da atual gestão municipal, 11.367 famílias (44.672 pessoas), incluindo as que estão sendo contempladas no Condomínio Parque Carioca I, receberam o documento de propriedade de seus imóveis. A previsão, até o fim do governo, é que o programa alcance 25 mil famílias (cerca de 100 mil pessoas) beneficiadas com o documento.
– Sem o RGI, as pessoas desses condomínios são ocupantes, não são proprietárias. Esse título (RGI) é o mesmo que tem uma madame na Vieira Souto, no Leblon. A felicidade está no rosto dos moradores. Eles estão aliviados. Se depois eles morrem e não têm esse documento, o herdeiro não é mais o dono do imóvel. Isso traz uma angústia muito grande para quem trabalhou a vida inteira para ter uma casa própria – afirmou Crivella
Ao todo, 260 famílias, que moram em 13 blocos de apartamentos, receberão o RGI. Quinze delas, posteriormente, assim que providenciarem documentações pendentes. Esses moradores são oriundos da antiga Vila Autódromo e de áreas de risco de Curicica.
A alegria da estudante de Administração Vanessa Rodrigues, de 36 anos, com o filho, Arthur, de 7 meses no colo, traduziu a felicidade dos moradores.
– Morei por 33 anos na Vila Autódromo e esse momento é de uma importância sem igual para mim. A casa própria é um sonho, poder deixar uma herança para o meu filho também. Não tenho palavras para agradecer, pois, apesar de termos vindo para um lugar bem melhor, vivíamos com a pulga atrás da orelha, com as incertezas que a falta do RGI nos trazia – ressaltou Vanessa.
Márcia Teodoro, de 53 anos, foi receber o RGI acompanhada das netas, Cauane, 4 anos, Ana Júlia, 3, gêmea de Ana Beatriz, e da vizinha, Laura, de 4 anos.
– Saí da beira de um valão, infestado de ratos, moscas e baratas, em Curicica, para ser feliz aqui com meu filho (o porteiro Juliano, 39) e minha nora (Priscila, 29), netos e netas. Hoje temos paz, saúde, dignidade e, agora, o documento mais importante de uma moradia própria – disse Márcia.
Já o motorista Leandro Ramos, de 40 anos, disse que o RGI representa “um final feliz” para ele e para os vizinhos.
– Põe fim a uma história de luta e sofrimento. Só Deus sabe o que nós passamos antes de conquistar a casa própria – justificou Leandro.
O secretário municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação, Sebastião Bruno, também participou da solenidade desta sexta-feira.
– Vocês buscavam a garantia da casa própria e não tinham o retorno do poder público. Hoje nós estamos aqui com muita alegria para fazer a entrega desses RGIs para vocês, que representam um futuro melhor para todos. Isso é cuidar das pessoas – lembrou Sebastião Bruno.
Os beneficiados foram reassentados após remoção de áreas de risco ou são vítimas de desabamentos, deslizamentos ou temporais.