Há 26 anos, comemorados neste domingo (23/6), a Fundação Rio-Águas é o órgão de referência em drenagem urbana e saneamento da cidade do Rio. Criada pela Lei nº 2.656 de 1998, a instituição, que é vinculada à Secretaria municipal de Infraestrutura, tem uma trajetória marcada por grandes obras de drenagem e recordes históricos de limpeza de rios. Nos últimos anos, tem se debruçado sobre projetos e ações de drenagem sustentável e soluções baseadas na natureza para a cidade.
O projeto de Naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas é umas dessas iniciativas, que completou seu primeiro ano na quinta-feira (20/6), contabilizando resultados positivos para o meio ambiente. Fruto da parceria da Fundação Rio-Águas com a Subprefeitura da Zona Sul, sob a coordenação técnica do biólogo Mário Moscatelli e sua filha, a paisagista Carolina Moscatelli, a naturalização beneficiou um trecho de 1.500 metros quadrados na altura do Parque do Cantagalo, onde animais e plantas nativas já habitam. O projeto solucionou os alagamentos e devolveu parte da margem à Lagoa.
A naturalização é um bom exemplo de como pensar a cidade de forma diferente, com soluções baseadas na natureza. Temos implementado alternativas de drenagem sustentável em projetos e em bairros da cidade, como jardins de chuva, canteiros drenantes, biovaletas, áreas verdes para retenção da água da chuva e reservatórios abertos. Neste aniversário da fundação, destacamos que, além de grandes obras de drenagem, nossos técnicos já tem estudado e trabalhado em soluções mais sustentáveis contra alagamentos – destacou o presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos.
Uma dessas soluções sustentáveis contra alagamentos é a criação de jardins de chuva e canteiros drenantes. As jardineiras implantadas recentemente às margens do Canal da Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, por exemplo, aumentaram a área permeável para infiltrar a água da chuva. Outros canteiros foram criados em São Conrado e Jacarepaguá e conduzem as águas à rede de drenagem.
Além disso, a trajetória do órgão ainda contabiliza grandes obras, como a construção dos piscinões da Grande Tijuca, nas praças da Bandeira, Varnhagen e Niterói; o Desvio do Rio Joana, com um dos maiores túneis de drenagem urbana do Brasil; e obras de infraestrutura importantes na Zona Oeste, como a urbanização da comunidade do Rollas e parte de Jardim Maravilha. A Rio-Águas realiza, desde 2007, obras de infraestrutura na região, tendo beneficiado bairros como Sepetiba, Santa Cruz e Guaratiba.
Nos últimos anos, o órgão ainda bateu recorde de limpeza de rios. Desde 2021, a Rio-Águas limpou mais de 325 km de rios, retirando mais de 1,3 milhão de toneladas de material do fundo dos canais, até março deste ano. Em 2023, pelo segundo ano consecutivo, o órgão bateu recorde de limpeza de canais, atingindo o maior volume retirado em um ano, desde 2013. Foram mais de 136 km beneficiados e mais de 596 mil toneladas removidas de material dos cursos d’água.