O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta terça-feira, 9 de julho, o Registro Geral de Imóveis (RGI) a 389 famílias que vivem no Condomínio Residencial Ayres, na Avenida Santa Cruz, 7.190, em Senador Camará, Zona Oeste. O empreendimento, inaugurado em 2012, faz parte do Minha Casa Minha Vida, parceria do Município com o governo federal, via Caixa Econômica, para construção de habitações populares. O documento que os moradores receberam lhes garante a propriedade sobre o imóvel que habitam. Nos últimos dois anos, a Prefeitura já beneficiou 5.643 famílias do programa habitacional com o RGI. A previsão para este ano é de que outras 5.036 famílias sejam contempladas com o documento.
– O RGI é importante porque, além de ser o principal documento de propriedade, você pode usá-lo como garantia se amanhã precisar de um empréstimo, podendo, inclusive, conseguir juros mais baixos. E você ainda vai deixar para o seu filho, de herança, aquilo que é seu – disse Crivella aos moradores.
O secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, informou, ao lado do prefeito, que no final deste mês serão entregues outras 600 unidades do Minha Casa Minha Vida, no Condomínio Mandela de Pedra, em Manguinhos, na Zona Norte. Ao todo, sete empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, com 3 mil apartamentos, estão em andamento no município.
“Um teto para sempre”
– Agora posso balançar as chaves e gritar bem alto: sou proprietário de verdade! – comemorou o carpinteiro Paulo Roberto Alves Ferreira, de 69 anos, que classificou como “momento mais feliz” de sua vida o instante em que recebeu o RGI (ele mora com o filho, Luiz Fernando, de 39 anos, no bloco 25, e os dois tinham perdido a moradia em temporais no Grajaú, em 2012).
A corretora de imóveis Paula Bichara, de 32 anos, também exaltou o momento especial, ao lado do marido, o servente Gonçalo Lima, 45 anos, e o filho, Henrique, de um ano e meio.
– Saber que meu filho tem um teto pra sempre, num lugar longe de quedas de encostas e enchentes, nos dá tranquilidade e alegria para tocar a vida – explicou.
O público alvo do Minha Casa Minha Vida são famílias com renda bruta mensal de até R$ 1,8 mil. Há duas formas de participação: reassentamento (famílias retiradas de locais de risco ou vítimas de desabamentos, deslizamentos ou temporais) e sorteio (quando os candidatos se inscrevem para ser contemplados com imóvel). O valor da prestação é de cerca de 5% da remuneração.
Lília Souza agradeceu ao prefeito em nome dos moradores:
– A gestão anterior nos abandonou. Mas hoje estamos recebendo a devida atenção e assistência. Somos donos, enfim, do nosso lar.
Inscrições no Minha Casa Minha Vida
Os interessados em concorrer aos sorteios dos imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida deverão ter mais de 18 anos e se inscrever na Rua da Constituição 34, no Centro do Rio. Para a adesão é preciso apresentar a documentação original do titular do cadastro e do cônjuge, se houver: carteira de identidade; certidão do registro civil; CPF; comprovante de residência; contracheque ou comprovante de benefícios nos casos de aposentado/pensionista, que prove renda familiar bruta de até R$ 1,8 mil; carteira de trabalho; título de eleitor; certidões de nascimento de filhos menores de 18 anos; laudo médico atual com identificação da doença e CID (nos casos de Portadores de Necessidades Especiais).
Poderão participar do programa pessoas que não possuem casa própria ou financiamento habitacional em qualquer localidade do Brasil; e que nunca foram beneficiadas por programas de habitação social do governo.